terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Troca de Identidade nas redes sociais



Nestas imagem podemos ver duas mulheres muito diferentes, mas que devido aos seus nomes similares estarão para sempre ligadas por um trágico acontecimento.

Na primeira imagem, esta é Neda Agha-Soltan, uma estudante morta durante uma manifestação no Irão.
A segunda mulher é Neda Soltani, professora universitária no Irão, forçada a exilar-se na Alemanha devido a troca de identidades.



Tudo começou a 20 de Junho de 2009, quando Neda Agha-Soltan é morta a tiro numa manifestação da qual não participava activamente, a sua morte foi filmada e divulgada quase imediatamente pelo youtube e outras redes sociais e jornais do mundo. Neda passou a ser vista como uma martír pela causa iraniana, recebendo o nome do "Anjo do Irão"
Simbolo da liberdade, tornou-se extremamente conhecida por todo o mundo, tal como o video da sua morte que ainda é possível visualizar no youtube.

Link para o artigo da Wikipédia: http://en.wikipedia.org/wiki/Death_of_Neda_Agha-Soltan





A confusão começa quando as cadeias de televisão procuram identificar a mulher morinbunda do video, descobrem que se trata de uma aluna universitária cujo o nome é Neda Soltan. Inicia-se uma procura nas redes sociais, nomeadamente Facebook, onde Neda Soltani (a segunda mulher) tem um perfil mas devido as suas restrições de perfil apenas é possível ver a imagem.

Aqui dá-se o erro que destruiu a vida de Neda Soltani, cuja foto é copiada e espalhada pela internet como sendo a da falecida Neda Soltan, chegando a ser difundida nas principais cadeias televisivas do mundo.
Pouco tempo depois, manifestantes desfilam com cartazes e t-shirts com a foto errada.

Como podemos verificar na imagem abaixo:




Quando foi informada desta troca de identidades, Neda Soltani, procurou corrigir o engano ao escrever para alguns jornais estrangeiros a dar conta do que realmente tinha acontecido.
Apenas piorou a situação, visto que os ditos jornais publicam mais uma vez a fotografia errada.
Assustada, Neda, apaga a conta no Facebook, com já milhares de amigos nos espaço de dias, mas isto é visto como sendo censura por parte das autoridades iranianas e revolta ainda a população que começa a difundir as imagens por centenas de redes sociais.

Houveram várias tentativas para rectificar o erro, nenhuma resultou.
A 2 de Julho, a professora fuge do Irão, após ter sido ameaçada pelo regime iraniano e com medo de represálias dirigidas a sua família, acabando por chegar a Alemanha.

No dia 3 de Julho,  o site da BBC finalmente informa os leitures sobre esta confusão, referindo que " O caso de Neda Soltani mostra até que ponto pode ser perigoso para os medias utilizarem imagens retiradas das redes sociais".

Link para o artigo : http://news.bbc.co.uk/2/hi/programmes/newsnight/8129083.stm




Actualmente, Neda Soltani reside na Alemanha numa instituição para refugiados e ainda teme pela família(que ficou no Irão) e por si própria.

Ainda hoje, quando se procura nos motores de buscar o nome de Neda Aghan-Soltan encontram-se muitas imagens de Neda Soltani, nos principais resultados.

Alguns sites, já emitiram rectificações relativamente a troca de identidades, mas a sua imagem estará para sempre ligada a este trágico acontecimento, presente nesta rede imensa que é a Internet.

Este artigo foi baseado na reportagem da revista Courrier Internacional nº 170/ Abril de 2010


Pessoalmente, creio que este caso apenas reforça a ideia de que o que é colocado na Internet é para sempre, uma vez colocado é impossível retirar totalmente da rede, quer seja uma comentário, um vídeo ou uma simples fotografia de perfil.

Apesar desta confusão não ter sido culpa de Neda Soltani mas sim de terceiros, acredito que esta confusão de proporções extraordinárias, faz-nos pensar em todas as coisas que já colocamos na WEB e questionar se algum dia voltaram para nos assombrar.

C.L

domingo, 20 de fevereiro de 2011

123 People: útil ou perigoso?

123 People é um site ainda relativamente pouco conhecido pelo público em geral, no entanto, o seu objectivo e forma de funcionamento é já bastante polémico.

Este website recolhe informações pessoais e compila tudo num página, com um perfil de uma qualquer rede social, mas sem o consentimento do dito individuo, colocando moradas e números de telefones ao dispor de todos.

Parece interessante para procurar pessoas com quem tenhamos perdido contacto e gostaria de contactar outra vez, ou situações similares.

Mas, creio que este site para além de violar a privacidade dos individuos, que possivelmente não estão cientes de que têm todas as suas informações são expostas desta maneira, é também muito perigoso visto que para encontrar-se uma pessoa basta escrever o seu nome e para uma busca mais específica o país em que habita, assim qualquer predador, qualquer pessoa com más intenções terá acesso a números de telefone, moradas, imagens, vídeos, email, documentos e sites a que o individuo está afiliado.

Tornando-se um centro de informações para ponteciais predadores.



Falo por experiência própria, não gostei nada de encontrar algumas das minhas informações neste site, ao dispor de qualquer um.

Por este motivo, creio que um site como este fará mais mal do que bem.



Concordam??


C.L

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Sinceridade nas redes sociais é sinónimo de despedimento

     

     Multiplicam-se por todo o mundo os casos de despedimento cuja justificação assenta na utilização insensata das redes sociais, nomeadamente do facebook.
     No ano passado, uma mulher foi despedida da seguradora Nationale Suisse, depois de ter abandonado o local de trabalho por se sentir indisposta e, mais tarde, ter acedido à sua conta no facebook. A empresa sueca justificou a demissão alegando perda de confiança, uma vez que considera que se estaria doente para trabalhar, na mesma medida não poderia navegar na Internet. Segundo a funcionária, a empresa estaria a espiá-la através de uma 'amizade' virtual falsa, que lhe permitia controlar a sua actividade online.
     Uma empregada de mesa foi também despedida por se ter queixado, no mesmo espaço, de um casal que atendera no restaurante onde trabalhava e da gorjeta que estes lhe tinham deixado, depois de a terem feito ficar uma hora mais tarde do estipulado pelo seu horário de saída.
     O mesmo destino enfrentou a funcionária de uma rádio que revelou, no facebook, ter-se embriagado numa festa de amigos ao ponto de perder a consciência.
     Colocar fotos, mesmo que inofensivas, nas redes sociais, pode ser motivo de despedimento, tal como aconteceu a Ashley Payne, uma professora de inglês que publicou fotografias em que segura dois copos contendo bebidas alcoólicas que a brindaram com um bilhete para o desemprego, no presente mês. Indignada, a jovem alega não ter feito nada de errado e moveu uma acção judicial contra a escola onde leccionava.

professora despedida por causa de fotografias no facebook


     Após um polémico caso em que uma enfermeira americana fez um comentário depreciativo acerca do seu chefe, seguido atentamente pela Junta Nacional das Relações Laborais - NRLB (acrónimo em inglês), uma agência independente que investiga e corrige práticas laborais injustas - as empresas norte-americanas têm de pensar duas vezes antes de despedirem funcionários com base nas suas publicações em redes sociais, visto tal ser considerada uma negação do direito à liberdade de expressão, contemplado nas leis laborais do país.
     Mesmo sabendo que a opinião pessoal de um funcionário acerca da entidade que o emprega divulgada na Internet pode destruir a reputação desta, grupos como a TAP, a Coca-Cola e a CGD não têm, ainda, regras específicas sobre a utilização das redes sociais pelos seus funcionários, esperando, deles, apenas o informal bom senso. No entanto, há vários que as utilizam para divulgar produtos e promoções, fazendo delas uma poderosa ferramenta de propaganda.
     A maior parte das empresas, não só em Portugal como também em várias partes do globo, têm vindo a servir-se das redes sociais para recrutar ou procurar informações acerca dos seus candidatos.
     Em todo o caso, a conclusão a tirar é : " Mais vale prevenir do que remediar. "


   

IR.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Facebook promove "reencontro" no Metro do Porto

            A rede social Facebook tem um grupo português, denominado ‘Porto Subway Love’, que pretende facilitar o reencontro entre pessoas que "cruzaram olhares românticos" no metro do Porto e querem voltar a ver-se.


            "Afinal, a quem nunca lhe aconteceu apaixonar-se,ainda que de forma  platónica, ou trocar olhares no metro? É algo extremamente comum", disse  esta terça-feira à agência Lusa o criador de 'Porto Subway Love', Daniel Micaelo-Rosa, 28 anos.         

Daniel explicou que este grupo, criado há menos de um mês no Facebook e já com mais de 250 membros, tem como objectivo facilitar este tipo de encontros, que nascem de trocas de olhares, sorrisos e cumplicidades, num trajecto percorrido no metro do Porto.         
             A ideia surgiu na sequência  de uma conversa informal que teve com um casal desconhecido oriundo de Berlim, Alemanha, em casa de uns amigos lisboetas.         ´
         Daniel apercebeu-se, então, que "há pessoas que acedem a uma espécie de fórum no site do metro de Berlim para tentar encontrar aquela pessoa  de quem não conseguiram tirar os olhos mas que a timidez os impediu de falar  com ela".         
        Assim, considerando que "o Facebook é uma ferramenta interessante", o jovem pôs mãos à obra e criou este ‘Porto Subway Love’, onde "é possível  reencontrar a tal pessoa que saiu numa qualquer estação anterior e que, apesar de ter sido vista fugazmente".  


Fonte: Correio da manhã

A.S.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Facebook permitiu a detecção de cancro em criança de dois anos

criança salva através do facebook

O olho esquerdo não apresenta o reflexo vermelho do flash.

     Ao ver uma fotografia de Grace Freeman, uma menina britânica de dois anos, a enfermeira Nicola Sharp, amiga da mãe da criança no Facebook, reparou que esta tinha, invulgarmente, a pupila do seu olho esquerdo branca, o que poderia ser sinal de cancro.
     Após ter sido contactada pela enfermeira, a mãe de Grace submeteu-a a análises clínicas que revelaram que a menina era detentora de retinoblastoma, um tipo raro de cancro que se desenvolve na retina.
     A menina apresentava dois tumores no seu olho esquerdo, em que perdeu toda a capacidade visual, mas as consequências poderiam ter sido fatais caso Nicola não tivesse detectado o sintoma.
     Michelle, a mãe da criança, declara ao Daily Mail : "Não tenho dúvidas de que Nicola salvou a vida de Grace. Não havia qualquer indício de que pudesse sofrer de algum problema visual e nós nunca o saberíamos sem a sua ajuda".
     De 4 em 4 semanas, Grace deverá ser submetida a tratamentos a laser, mas as hipóteses de sobrevivência são significativas, tal como em todos os casos diagnosticados em fase inicial.
      Segundo a publicação do tablóide britânico, o retinoblastoma é mais comum em crianças com menos de 5 anos, mas pode afectar crianças de qualquer idade.
    
Michelle Freeman nunca imaginara que o simples facto de publicar uma fotografia da sua filha no Facebook poderia salvar a sua vida.

Grace, pictured with her mother Michele


Eis um exemplo de como as redes sociais não devem ser somente relacionadas com acontecimentos de cariz negativo.

IR.
    

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O Facebook está de Parabéns!!



A famosa rede social Facebook celebra 7 anos de existência, foi criada a 4 de Fevereiro de 2004 por um grupo de universitarios.
Apesar de inicialmente, ser do uso exclusivo dos alunos da universidade de Harvard, em Massachussets nos Estados Unidos, em 2006 tornou-se disponível ao público em geral.
Hoje em dia, é a maior rede social da Web e conta com mais de 600 milhões de utilizadores.

O Jornal Expresso online escrevou um artigo sobre o acontecimento, onde é feito uma pequena reflecção sobre estes 7 anos de Facebook, os prós e os contras, referindo o problema da privacidade, o vício que pode descadear e claro,o premiado filme inspirado na sua criação.

Link para o Artigo:
http://aeiou.expresso.pt/facebook-completa-7-anos=f630243

Eu creio que o Facebook, como todas as redes sociais tem os seus aspectos positivos e aspectos negativos.

Podemos citar situações impressionantes de ambos os lados, mas penso que apesar de falar-se muito sobre a violação da vida privada e os riscos que corremos ao contactar com desconhecidos virtualmente, não acredito que a maioria dos utilizadores esteja realmente consiente do quão facilmente podem estragar a sua vida e das medidas que devem tomar para impedir que situações infelizes se verifiquem.

Acredito que se os individuos por iniciativa própria procurarem formas de se protegerem correctamente dos perigos da Internet e pensarem 2 vezes antes de publicar dados pessoais, será possível uma utilização bastante positiva das redes sociais.


C.L