terça-feira, 26 de abril de 2011

Mãe reencontra filha através do Facebook

Hoje, vou desenvolver uma notícia que já saiu há algum tempo e que foi bastante difundida pelos media, mesmo assim penso que é um óptimo exemplo das possibilidades e vantagens das redes sociais.


Em Dezembro de 1999, a Venezuela foi arrasada por chuvas torrenciais que causaram um deslizamento de terra no estado de Vargas(Norte de Caracas), matando milhares e dexando centenas de desalojados.
Uma família de emigrantes portugueses que vivia zona, foi duramente afectada, sendo que Lucinda Nunes, oriunda da Madeira, perdeu praticamente toda a sua família (excepto um) e a sua filha(Angely Sofia Nunes Gouveia) foi dada como desaparecida.

Apesar da duras perdas que susteve, Lucinda nunca perdeu a esperança de um dia reencontrar a filha, servindo-se dos meios de comunicação para localizar a filha, tendo inclusive, contactado as autoridades dos dois países múltiplas vezes, após ter visto a sua filha cerca de 3 meses após a catástrofe nas imagens, divulgadas pelos meios de comunicação, dos sobreviventes.

Em 2001, após ter contactado o Presidente Chávez foi iniciada uma investigação formal pela Polícia Técnica Judiciária e em 2006 foi montada uma operação para localizar a jovem, no entanto, não obteve qualquer resultado.

Finalmente, em 2011 verificou-se o tão ansiado reencontro de mãe e filha. O mais curioso desta história é este feliz acontecimento foi possível não devido ao esforço das autoridades mas sim graças a famosa e ultra constestada rede social Facebook.



Isto ocurreu quando Lucinda Nunes procurava um amigo na dita rede e por coincidência acabou por encontrar o perfil de Carla Ures, uma jovem com cerca de 20 anos com semelhanças extraordinárias com a sua filha desaparecida, mas o que realmente convenceu Lucinda Nunes que esta se tratava da sua filha foi o texto presente no perfil do Facebook da jovem:

"ESTOY DESDE EL AÑO 1999 DESAPARECIDA DE MI FAMILIA...QUIZÁS NO PUEDO RECORDAR NADA O QUIZÁS ME HAN ADOPTADO OTRA FAMILIA CREYENDO QUE QUEDÉ HUÉRFANA...ESO NO IMPORTA...LO IMPORTANTE ES QUE SE SABE QUE ESTOY VIVA Y QUE POR LA LEY DE DIOS TENEMOS QUE SER BUENOS Y NO CAUSAR TANTO DAÑO COMO EL QUE SE HA CAUSADO CONMIGO...

TENGO DERECHO A SABER LA VERDAD"


Lucinda Nunes contactou o seu irmão após ter visto este perfil que confirmou as semelhanças e de seguida entraram em contacto com Carla cuja história coincidia com a de Angely.
Confirmou-se a identidade da jovem que na altura do seu desaparecimento tinha 10 anos e  que como se veio a saber devido aos seus ferimentos perdeu a memória, tendo desde então passado famílias de acolhimento das quais fugiu acabando por viver na rua. Mais tarde quando engravidou passou a viver num centro de acolhimento para jovens,sem qualquer conhecimento do paradeiro da sua familia ou sequer da sua verdadeira identidade...

 Actualmente, o tribunal autorizou que Angely fosse viver com a mãe e restante família e aguardam agora os resultados dos testes de ADN.



Um Final Feliz

Link para a Reportagem da RTP sobre o caso.

Link para a Reportagem do El Nacional sobre o caso

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Na minha opinião casos como este, apenas reforçam a ideia de que as redes sociais, apesar de terem os seus defeitos, são uma excelente forma de ligar as pessoas e divulgar situações similares, visto que nesta rede foram criadas várias páginas/grupos com o objectivo de encontrar as crianças que desapareceram nesta tragédia. Possibilitando autênticos milagres, tendo em conta que a nem as autoridades conseguiram resolver alguns destes casos.

Creio que sem as redes sociais este caso (como tantos outros) nunca teria sido resolvido e esta família reunida.

O próprio Facebook tem uma página chamada "Causes" dedicada a divilgar petições e acções sobre os mais variados assuntos desde a Violação dos Direitos dos Animais até Campanhas de Prevenção da Diabetes, atravessando todas as áreas de interesse público. Promovendo o activismo e a progressiva consciencialização dos utilizadores das redes sociais para os graves problemas que se verificam tanto a nível local como a nível global.          




C.L

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